Bariátrica é segura?

Dados no Brasil 

Segundo dados da Agência Brasil, 13,6 milhões de pessoas têm indicação para a realização do procedimento. Em um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM), o número de cirurgias cresceu 84,7% entre 2011 e 2018. Estes dados, publicados em 2019, apontam que 424.682 fizeram a operação colocando o Brasil como segundo país que mais faz esta cirurgia, atrás apenas dos Estados Unidos.

Das cirurgias bariátricas realizadas em 2018, 77,4% foram através de convênio médico e 17,8% foram pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que a oferece desde 2008, e 4,8%, com recursos particulares.

Riscos 

Devido à falta de informação ou por medo, muitas pessoas deixam de realizar o procedimento. Se no passado a taxa de mortalidade ficava entre 2 e 3%, hoje em dia o risco é menor do que 0,5%. Feito por videolaparoscopia, o procedimento passou a ser minimamente invasivo, sendo comparado aos riscos de uma cesárea ou cirurgia de vesícula. Por isso é importante a conscientização da sociedade, especialmente dos obesos, para que desmistifique esse medo. 

A pré-avaliação do paciente é imprescindível, uma vez que o procedimento é contra-indicado em pessoas que tenham doenças graves como cirrose hepática, doenças renais, psiquiátricas, vícios (droga, alcoolismo), disfunções hormonais. 

Um estudo realizado por cientistas brasileiros e publicado na revista Nature, observou 20 mulheres que realizaram bariátrica com o método Bypass. E foi concluído um aumento no risco de câncer na parte segmentada do estômago. Enfatizando mais uma vez a importância do acompanhamento médico nas mais variadas frentes. 

Como resultado da cirurgia, a pressão arterial do paciente é uma das complicações que mais demora para apresentar melhora, portanto é importante que o paciente, caso tenha essa comorbidade, continue tomando seus remédios amparado por seu médico. 

Outro alerta feito por especialistas é que a saúde mental também merece atenção. Não basta realizar o procedimento, emagrecer, sentir-se bem e seguir a vida. Médicos alertam que a obesidade é uma doença crônica e como um câncer deve sempre ser acompanhada para que não retorne à vida do paciente. Por isso, é importante ressaltar o acompanhamento psicológico que pode ajudar em problemas anteriores ao próprio sobrepeso, como por exemplo, a compulsão alimentar, além de outros problemas psicológicos.

Benefícios

Se você se assustou ao ler os riscos, não desanime. Os benefícios trazidos pelo procedimento superam seus riscos. A começar pela iniciativa de uma mudança de vida, buscando saúde e bem-estar. Dentre eles estão:

Perda de peso considerável – Outros benefícios serão seguidos deste, apontando a quebra do ciclo de emagrecer e ganhar peso.

Melhora do diabetes tipo 2 – O nível de glicemia é controlado, após o procedimento e muitas vezes, para de tomar remédio. Ao contrário do que se pensava antigamente o diabetes não é uma doença progressiva e incurável.

Redução do risco de morte – Como já mencionado aqui no blog, a obesidade pode indicar um fator de risco para outras doenças, como câncer e covid-19, por exemplo. 

Diminuição do uso de remédios – Com a diminuição do peso, remédios relacionados à obesidade e suas complicações não serão mais necessários. 

Hábitos saudáveis – Novos hábitos pós-bariátrica são mais que necessários para que o procedimento tenha o maior sucesso possível, como por exemplo, uma nova rotina de alimentação e a prática de atividades físicas.

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